O vestido branco virou moda entre as noivas depois que a rainha
Vitoria do Reino Unido casou-se vestida de branco com o príncipe Albert, seu
primo direto, no ano de 1840, tendo sido ela a primeira nobre a se casar por
amor e a pedir o noivo em casamento, já que na época era impensável pedir uma
rainha em casamento. Príncipe Albert também inovou e lançou moda ao dar de
presente à amada um anel de noivado, costume nada difundido na primeira metade
do século XIX. O vestido da rainha foi tecido por duzentas artesãs e feito em seda e renda preciosas. A partir dai o vestido de noiva virou moda e com a invenção da máquina de costura em 1846 o costume se propagou e se popularizou até os dias atuais. Entretanto, segundo a
historiadora e escritora Mary Del Priore, a primeira pessoa a se casar de
branco foi Amélia de Leuchtenberg, segunda esposa
de dom Pedro I. Esse casamento
realizado em 1829, antecedeu o da Rainha Vitória, em 1840. O branco,
associado à pureza e virgindade, ganhou força à medida em que a Europa se
aburguesava e o sonho de qualquer jovem era identificar-se à virgindade de
Maria. Amélia de Leuchtenberg adotou o costume que vinha da
época do Consulado napoleônico: o vestido de casamento longo, branco e
acompanhado de véu de renda, como o que usou Carolina Bonaparte para esposar o
general Murat. A seguir, dona Francisca, irmã de dom Pedro II, casou-se com o
príncipe de Joinville também vestida de branco, em meio às damas de amarelo e
verde. A princesa Isabel, ao trocar alianças com o Conde d´Eu, também vestiria
filó branco, véu de rendas de Bruxelas, grinalda de flores de laranjeiras e
ramos destas no lado esquerdo do vestido.
Você sabe de onde surgiu a figura do padrinho de casamento? Na Idade Média (e até os dias
de hoje), a noiva ficava do lado esquerdo do noivo durante a cerimônia de
casamento. Mas por quê? Porque se houvesse um ataque de dragões ou alguém quisesse roubar a noiva, o noivo empunharia
sua espada rapidamente e a defenderia, já que a espada ficava à sua direita. O
padrinho era um guerreiro de confiança do noivo que o defenderia se necessário,
por isso ele ficava no altar, perto do noivo.
A palavra CERIMONIAL vem
do latim Caerimoniale e refere-se às cerimônias religiosas. Há muito tempo o cerimonial
é notado como uma organização da sociedade ao cultuar valores comuns ou ao
festejar a vida. Documentos antigos descrevem rituais de duelos, combates,
direito divino do rei e cerimônias fúnebres datadas de 4.000 a.C. Gregos,
romanos e chineses praticavam grandes rituais em comemorações como bodas,
torneios de arqueiros, maioridade de jovens, funerais e banquetes, entre uma
vasta gama de cerimônias. Com o desenvolvimento das sociedades o cerimonial
teve seu sentido original alterado passando a significar o cumprimento de
rituais na celebração da vida com vistas à socialização do ser humano, e não
apenas às práticas religiosas como antes. Na área diplomática o cerimonial é
atentamente observado e respeitado nas relações entre os Estados soberanos e
obedecem a regras estritas. Conhecer a própria cultura e a de outros povos é
primordial para a arte de receber pessoas. Rituais mudam de cultura para
cultura e observá-los e respeitá-los é uma forma de demonstrar consideração e
respeito para com o outro, e isso é a essência do cerimonial e do protocolo,
sendo que este último é a regra em si, é o que planeja e organiza os
acontecimentos do cerimonial. Lembrando que enquanto o cerimonial e o protocolo
são requisitos de quem recebe, a etiqueta é prerrogativa do convidado. Saber
como portar-se e conduzir-se nas cerimônias é de total responsabilidade do
convidado.
Não é fácil afirmar qual foi o
primeiro livro a tratar da etiqueta e do bom comportamento, mas é sabido que na
Biblioteca de Nova York existe um papiro egípcio datado de 2500 a.C.,
denominado “As Instruções de Ptah-hotep”, indicado como o primeiro documento a
falar de normas de conduta. Esse papiro é um manual completo de boas maneiras,
e foi considerado por alguns historiadores como a origem das regras de etiqueta
utilizadas mais tarde no ocidente.
“Julgue um homem por sua aparência,
mas não venere nem preze nenhum homem antes de ouvi-lo falar, porque é a prova,
o julgamento de cada homem”. (Apocrypha de Ben Sira do século II d.C.).
Nesta afirmação é possível perceber que o autor se preocupava com o
comportamento ético e moral dos homens já naquela época.
“Boas maneiras” também foi objeto da
filosofia grega, pois, sendo conduta humana, integrava o universo de interesse
dos pensadores.
Nos dias atuais ainda seguimos as
orientações de uma obra escrita no século V, uma delas recomendava que os pães
devessem ser cortados com a mão, e que os pedaços não deviam ser maiores que uma
oliva.
As regras de bom comportamento à mesa
têm muitos colaboradores ilustres. Um deles, Leonardo da Vinci (Itália, 15 de abril de
1452 — França, 2 de maio de 1519), que inventou o
guardanapo quando trabalhava na corte dos Sforza como mestre de banquete e de
cozinha, criou uma lista de boas maneiras contendo dicas como:
- Nenhum convidado deverá se
sentar sobre a mesa, de costas para ela ou no colo de outro convidado. Ou
sentar-se debaixo dela;
- Não deverá colocar os pés sobre
a mesa;
- Não deverá pegar a comida no
prato do seu vizinho sem antes pedir licença;
- Não deverá limpar sua faca na
roupa do vizinho;
- Não pegará comida da mesa e a
colocará no seu bolso ou em suas botas para mais tarde;
- Não deverá cantar, fazer
discursos, gritar ou propor charadas obscenas, se estiver ao lado de uma
dama;
- Não deverá bater em nenhum
empregado, a não ser em defesa própria;
- Não deverá conspirar com
ninguém, a não ser como o dono da casa;
- Deverá abandonar a mesa se está
para vomitar;
- E o mesmo se tiver de urinar.
Com a invenção da imprensa no século
XV, o primeiro volume impresso sobre o assunto foi o “Livro da Cortesia”, de
Jacques Le Grand, e depois muitos outros livros sobre o tema foram publicados.
Cada época guarda a sua preocupação
com o rigor do cerimonial e da etiqueta, mas o seu auge aconteceu no século
XIX, época da burguesia e do requinte. La Belle Époque foi um período de grandes
recepções, salões abertos a bailes, decorações exuberantes e fartura à mesa.
O casamento é considerado um sacramento no Budismo e costuma ser realizado por um abade ou oficiante no templo. No ritual os noivos entram lado a lado e seguem juntos em direção ao altar. A noiva oferece uma flor e o noivo uma vela acesa, e para evocar os seres iluminados uma caixa de incenso é acesa. Vários toques de sino anunciam os diferentes momentos da celebração que são: a leitura do sutra (a passagem de Buda pela terra contada através de poemas); o san-san-kudo, hora em que os noivos bebem tacinhas ou xícaras de saquê; a entrega do rosário de 108 contas que é o símbolo de iluminação; e a leitura dos votos que foram escritos pelos noivos. A decoração é toda em tons dourados e os noivos se vestem luxuosamente. Há flores em forma de ikebana que são oferecidas a Buda quando a noiva chega. Não há buquês, nem alianças. As preces são feitas em japonês pelo abade. No final da cerimônia o monge presenteia os noivos com um rosário feito de sementes de árvores.
Em Roma era proibido se casar no mês de março pois era o mês de Marte, deus da guerra. As pessoas também evitavam os dias 1, 5, 7, 13 e 15. O mês de agosto e o dia 13 eram tidos como de mau agouro e essa tradição perdura até os dias de hoje. Outras superstições: o noivo não pode ver a noiva antes do casamento pois dá azar; os convidados devem jogar arroz nos noivos para dar sorte e trazer prosperidade; a noiva não deve usar pérolas pois trás má sorte aos noivos; nunca se case numa terça feira; jamais se case em janeiro pois trará problemas financeiros ao casal; e mesmo que você e seu noivo morem juntos, durmam separados na noite que antecede o casamento.
Você sabe de onde veio a tradição do chá de cozinha? Vem de uma bela história que aconteceu na Holanda, e começa assim: Era uma vez um pobre moleiro que se apaixonou por uma rica donzela. O pai da moça ficou bastante irritado com aquele amor e se recusou terminantemente a financiar a união dos dois. Os amigos do moleiro, num gesto de carinho e amizade, uniram-se e ofereçam alguns itens que ajudariam o casal a organizar a nova casa. E foi assim, que há muitos e muitos anos nasceu o chá de cozinha.
Como surgiu o vestido preto?
Até o começo do Século XX muitas noivas se casavam de preto por motivos econômicos. Elas vinham de famílias de baixa renda e precisavam usar o vestido do casamento em muitas outras ocasiões, por isso optavam pela cor preta que durava mais tempo que um vestido de cor mais clara. Talvez esse tenha sido um dos motivos para que se acreditasse que na Idade Média as noivas se vestiam de preto em sinal de protesto por serem obrigadas a passar a noite de núpcias com o senhor feudal, ao se unirem a seus vassalos (que no sistema feudal era o indivíduo que, mediante juramento de fé e fidelidade a um suserano (senhor feudal), dele se tornava dependente, rendendo-lhe respeito e tributo). O filme “Coração Valente” dirigido e interpretado por Mel Gibson, retrata essa prática numa das cenas em que a noiva é levada pelo senhor feudal logo após o seu casamento, mesmo sob protestos do noivo e dos convidados.
Entretanto, o historiador francês Alain Boureau demonstrou em seu livro the droit de cuissage que a prática que ficou conhecida como o direito da primeira noite (do latim: jus primae noctis), ou direito do senhor ou direito da pernada não passa de mito.
Ao que tudo indica isso não passou de um mal-entendido. Na verdade a tal “pernada” era um gesto simbólico no qual o senhor das terras autorizava o casamento dos servos colocando a mão ou a perna sobre a cama dos noivos.
Mesmo sem fundamento a história é poderosa por seu conteúdo sexual, tendo sobrevivido por 700 anos. O direito da pernada era uma ferramenta poderosa utilizada para demonstrar o quão um povo ou seu líder era bárbaro e abominável, e tão poderosa que foi utilizada em obras literárias escritas a 4 mil anos como Epopeia de Gilgamesh escrita na Mesopotâmia e que conta a história de Gilgamesh, um rei opressor que não poupava uma só virgem do seu reino. Heródoto também conta a história de uma tribo da Líbia onde as noivas eram enviadas ao rei que escolhia com qual delas passaria a noite. Até mesmo durante o Iluminismo, o filósofo Voltaire escreveu uma peça sobre o assunto o que deu ainda mais credibilidade ao mito.
Em Roma era proibido se casar no mês de março pois era o mês de Marte, deus da guerra. As pessoas também evitavam os dias 1, 5, 7, 13 e 15. O mês de agosto e o dia 13 eram tidos como de mau agouro e essa tradição perdura até os dias de hoje. Outras superstições: o noivo não pode ver a noiva antes do casamento pois dá azar; os convidados devem jogar arroz nos noivos para dar sorte e trazer prosperidade; a noiva não deve usar pérolas pois trás má sorte aos noivos; nunca se case numa terça feira; jamais se case em janeiro pois trará problemas financeiros ao casal; e mesmo que você e seu noivo morem juntos, durmam separados na noite que antecede o casamento.
Você sabe de onde veio a tradição do chá de cozinha? Vem de uma bela história que aconteceu na Holanda, e começa assim: Era uma vez um pobre moleiro que se apaixonou por uma rica donzela. O pai da moça ficou bastante irritado com aquele amor e se recusou terminantemente a financiar a união dos dois. Os amigos do moleiro, num gesto de carinho e amizade, uniram-se e ofereçam alguns itens que ajudariam o casal a organizar a nova casa. E foi assim, que há muitos e muitos anos nasceu o chá de cozinha.
Até o começo do Século XX muitas noivas se casavam de preto por motivos econômicos. Elas vinham de famílias de baixa renda e precisavam usar o vestido do casamento em muitas outras ocasiões, por isso optavam pela cor preta que durava mais tempo que um vestido de cor mais clara. Talvez esse tenha sido um dos motivos para que se acreditasse que na Idade Média as noivas se vestiam de preto em sinal de protesto por serem obrigadas a passar a noite de núpcias com o senhor feudal, ao se unirem a seus vassalos (que no sistema feudal era o indivíduo que, mediante juramento de fé e fidelidade a um suserano (senhor feudal), dele se tornava dependente, rendendo-lhe respeito e tributo). O filme “Coração Valente” dirigido e interpretado por Mel Gibson, retrata essa prática numa das cenas em que a noiva é levada pelo senhor feudal logo após o seu casamento, mesmo sob protestos do noivo e dos convidados.
Entretanto, o historiador francês Alain Boureau demonstrou em seu livro the droit de cuissage que a prática que ficou conhecida como o direito da primeira noite (do latim: jus primae noctis), ou direito do senhor ou direito da pernada não passa de mito.
Ao que tudo indica isso não passou de um mal-entendido. Na verdade a tal “pernada” era um gesto simbólico no qual o senhor das terras autorizava o casamento dos servos colocando a mão ou a perna sobre a cama dos noivos.
Mesmo sem fundamento a história é poderosa por seu conteúdo sexual, tendo sobrevivido por 700 anos. O direito da pernada era uma ferramenta poderosa utilizada para demonstrar o quão um povo ou seu líder era bárbaro e abominável, e tão poderosa que foi utilizada em obras literárias escritas a 4 mil anos como Epopeia de Gilgamesh escrita na Mesopotâmia e que conta a história de Gilgamesh, um rei opressor que não poupava uma só virgem do seu reino. Heródoto também conta a história de uma tribo da Líbia onde as noivas eram enviadas ao rei que escolhia com qual delas passaria a noite. Até mesmo durante o Iluminismo, o filósofo Voltaire escreveu uma peça sobre o assunto o que deu ainda mais credibilidade ao mito.
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