O relato mais antigo sobre o uso do véu
vem da Grécia Antiga, quando a moça era conduzida até a casa do futuro marido
usando um vestido branco e uma coroa. Seu rosto era coberto por um véu que a
protegia da inveja, dos maus espíritos e da cobiça de outros
homens. Na era Medieval ele era usado como símbolo de pureza e de castidade. Quanto mais longo fosse o véu, mais pura e casta era a noiva. Nas mãos a jovem
carregava uma tocha (que se transformou no buquê de hoje) até o local da
cerimônia, símbolo de Himeneu, o deus do casamento que na Ilíada de Homero foi assim
citado: Com casamentos e banquetes nupciais, sob as tochas ardentes eles
conduziam as noivas dos aposentos femininos, marchando pelas ruas, enquanto em
coro entoavam bem alto o epitalâmio*, atraindo os rapazes, enquanto
dançavam, em voltas, e entre eles as flautas e harpas mantinham o vibrante
chamado - as mulheres surgiam às portas, e cada um movia-se maravilhado.
Cada uma das ervas e temperos tinha o seu significado: o alho era
usado para espantar maus espíritos; as ervas representavam proteção; as flores
simbolizavam os sentimentos da noiva; rosas vermelhas, o amor; flores de laranjeira, fertilidade e alegria aos noivos; hera,
a fidelidade; o lírio, a pureza; violetas, modéstia; não-te-esqueças-de-mim, o
amor verdadeiro. Ao final da celebração a noiva atirava o buquê transmitindo a
quem o pegasse os seus votos de felicidade. Assim surgiu o costume de lançar o
buquê aos convidados e que perdura até os dias atuais.
*epitalâmio: hino nupcial; canto ou poema composto para celebrar um casamento.
O Véu através dos tempos:
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